14 abril, 2006

 

Sobre o programa de ontem


1. É muito bom ligar a TV e ouvir português, mesmo que seja para ouvir sobre futebol, seqüestros, favelas.
2. Se eu fosse gringa e assistisse a este programa, não iria ao Brasil nem se me pagassem uma fortuna.
3. Falaram alguma mentira? Não, nenhuma. Não distorceram os fatos. Mas os fatos, mesmo sem distorção, são tristes e assustadores.
4. Frases:


“In Brazil, everything that’s bad becomes fashion” (brasileiro falando)

“Sempre falei para a minha mãe não dizer quem é o filho dela” (um dos jogadores)

“O problema é a divulgação do quanto eles (os jogadores) ganham. A maioria deles nasceu na periferia e quer manter as raízes, não quer sair do local, aí ficam mais sujeitos ao crime.”

“A gente nunca imaginava que ia acontecer com o Robinho, porque ele é muito querido na periferia, todo mundo gosta dele.”

“Há poucos países no mundo em que o contraste entre ricos e pobres é tão grande.”

_ “O que você quer ser?” (senhora da favela perguntando para garotos em uma escolinha de futebol)
_ “Jogador de futebol”
_ “E o que mais?”
_ “Quero ser o dono da Nike”
_ “E se vocês não conseguirem ser jogadores de futebol e chegar alguém aqui na favela com uma mala cheia de dinheiro, vocês vão assaltar essa pessoa?”
_ Nãaaaaaaaaao.

“Não podemos pensar que ele é seqüestrador porque não teve oportunidades na vida. Esse “monstro” tem que apodrecer na cadeia. Ou morrer, se ele preferir assim.” (policial falando sobre seqüestrador)

“É uma guerra. Eu acho. Eu acredito que nós estamos vivendo uma guerrilha urbana.”

“O melhor de tudo é que amanhã eu vou estar no aniversário da minha filha.” (policial voltando de uma “operação”, depois de comentar sobre o risco que corre e dizer que no dia seguinte a filha completaria 4 anos de idade)


“Vou sair (da cadeia) com 56 anos. Mas tá bom.” (presidiário)

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13 abril, 2006

 

Hum... vou pensar se quero ver essa coisa!


Hoje à noite na BBC 2 Scotland. Futebol e visão dos gringos sobre o Brasil. Aborrecimento garantido! Ao mesmo tempo, não consigo pensar que estão falando sobre o Brasil e não estou acompanhando. Acho que vou fazer um cara ou coroa...

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12 abril, 2006

 

Mackintosh e MacDonald


Qual é a primeira palavra ou imagem que vem à sua mente quando você ouve a palavra “Mackintosh”?

Eu também pensava em computadores. Mas esta palavra é também o sobrenome do arquiteto mais famoso de Glasgow, Charles Rennie Mackintosh.

Existem várias obras dele espalhadas pela cidade. Uma delas, a “House for an Art Lover”, só foi construída depois que ele morreu. Ele entrou em uma competição de projetos para uma grande casa em estilo moderno, promovida por uma revista alemã em 1901. Mackintosh trabalhou no projeto junto com a mulher dele, Margaret MacDonald. Não dá para saber muito bem o que é “dele” e o que é “dela”. Não sei não, mas pelo que consegui entender, acho que ela é quem dá o grande “tchan” das obras, apesar de ele ser o famosão.

A construção da casa teve início em 1989 e foi completada em 1996 e envolveu o trabalho de muitos artistas contemporâneos na sua execução. É, portanto, uma mistura da “visão” de vários arquitetos e artistas. Tem uma sala oval, um “dining room” com cadeiras compriiiiiidas, o “main hall” com destaque para as janelas alongadas e o “music room”, o lugar cheio de cadeiras da foto de ontem. Quem for rico pode alugar o “music room” para recepção de casamentos, jantares, etc. Esta sala tem este nome porque tem um piano, que pode ser visto na foto de hoje.

A casa em si não me emociona, mas a decoração, que desconfio que seja a parte da esposa dele, me encanta. São muitas flores e figuras humanas alongadas, com traços bem finos. Alguém me explicou em algum momento que as flores significam a ligação entre o masculino e o feminino. Infelizmente não consegui mais detalhes sobre esta interpretação, que parece realmente interessante.

O que importa é que, seja mérito “dele” ou “dela”, eu nunca mais vou pensar em computadores quando ouvir “Mackintosh”, nem em sanduíches quando ouvir "MacDonald".




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11 abril, 2006

 

House for an art lover



A vida está corrida por aqui, então, já sabem: pouco texto e muitas fotos! Estas são da "House for an art lover", em Glasgow.


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10 abril, 2006

 

Cerejas


Sempre ouvi falar que no Brasil não temos cereja porque é muito quente. Imaginava que na Escócia, portanto, houvesse rios de cerejas! E não só imaginava até ontem, como confirmava (erradamente) minha suposição vendo as “cherry blossoms” por todos os cantos.

_ Oba, acho que as cerejas vão ficar mais baratas nos supermercados!
_ Por quê?
_ Ué, com muita oferta de cerejas o preço não abaixa?
_ Depende das regras de importação da Espanha para a Escócia.
_ Como assim? E todas estas cerejeiras por aqui, cheias de flor?
_ Ah, só dão flor, não dão cereja não. Muito frio!

Coisinha exigente, essa tal de cereja, não?

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