16 março, 2006
já volto
Pessoal, é provável que eu fique sem internet até domingo...
Então bom fim de semana e até segunda!
Beijos e abraços do Koala
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Então bom fim de semana e até segunda!
Beijos e abraços do Koala
14 março, 2006
A agenda do turista bobinho
Dia destes eu tirei a tarde para cumprir a "agenda do turista bobinho". Aqueles lugares que não têm a menor graça, mas que a gente tem que ir para falar que foi. Fazer o quê? Não aguentaria os "ooooooohs" de reprovação se eu contasse que não fui ver o túmulo do Greyfriars Bobby.
Ah, não sabe quem é? Provavelmente você vai descobrir nas próximas férias da garotada. Porque Greyfriars Bobby, escocês legítimo, ganhou um filme só para ele. Neste momento o filme está em cartaz em todo o Reino Unido. O detalhe é que Greyfriars Bobby não é um ator famoso, bonitão ou polêmico. É um cachorro.
Vamos à história bem resumida, que papo de cachorro não é comigo: o Greyfriars Bobby era um cão "Skye terrier" que velou o túmulo do antigo dono por 14 anos. As pessoas que moravam ali perto e que adoravam cachorrinhos ficaram sensibilizadas e cuidaram dele até ele morrer. Depois da morte, uma baronesa excêntrica (adjetivo meu) mandou construir uma estátua em homenagem ao cão. A história, apesar de sem-gracinha, virou livroS (mais de um) e filmeS (a primeira versão foi filmada pelo estúdio Disney em 1961, exibida no Brasil como "Meu leal companheiro").
Pois bem, no túmulo tem de tudo: bichinhos de pelúcia, livros, flores e... dinheiro! Só não peguei o dinheiro pra mim porque minha amiga me segurou. Oras, gente, dinheiro não tem serventia para cachorro defunto e seria muito útil para mim! (Mas fiquem tranquilos porque não foi desta vez que me tornei saqueadora de túmulos)
Para encerrar o dia do turista bobinho com chave de ouro, fui ao café onde J. K. Rowling escreveu o primeiro livro da série "Harry Potter". Não sei como era na época dela, mas hoje em dia aquilo lá não é convidativo nem para escrever lista de compras. Para começar, você entra e pega uma fila enooooorme para fazer seu pedido no balcão. Quando você finalmente consegue sua xícara de café, começa a segunda encrenca que é achar uma mesa livre. O ambiente é barulhento, cheio de fumantes e tem também um povo estranho com laptops, livros e anotações. Dá para perceber que eles já terminaram o café faz tempo, mas continuam ali, em vez de liberar a mesa. Será que eles pensam que vai "baixar" a inspiração e que vão ter o mesmo sucesso de vendas de Harry Potter? Cada uma! Para falar algo bom sobre o Café, a decoração é bonita, divertida e interessante. São milhares de elefantes em todas as formas, tamanhos e cores. Tem elefante no lustre, elefante no banheiro, elefantes talhados na madeira das prateleiras de chás, e, claro, milhares de bibelôs de elefantes. Dá para passar um bom tempo descobrindo os elefantes lá dentro. Mas só.
Ah, sim, o Café se chama "The Elephant" e não é o bar que está na foto. É que faz parte das regras do turista bobinho tirar uma foto na frente do letreiro do lugar, mas essa regra é conflitante com a regra da blogueira chatinha que diz que fotos pessoais não são permitidas neste site. Então fiquemos com a foto de Greyfriars Bobby's Bar, que está de bom tamanho!
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Ah, não sabe quem é? Provavelmente você vai descobrir nas próximas férias da garotada. Porque Greyfriars Bobby, escocês legítimo, ganhou um filme só para ele. Neste momento o filme está em cartaz em todo o Reino Unido. O detalhe é que Greyfriars Bobby não é um ator famoso, bonitão ou polêmico. É um cachorro.
Vamos à história bem resumida, que papo de cachorro não é comigo: o Greyfriars Bobby era um cão "Skye terrier" que velou o túmulo do antigo dono por 14 anos. As pessoas que moravam ali perto e que adoravam cachorrinhos ficaram sensibilizadas e cuidaram dele até ele morrer. Depois da morte, uma baronesa excêntrica (adjetivo meu) mandou construir uma estátua em homenagem ao cão. A história, apesar de sem-gracinha, virou livroS (mais de um) e filmeS (a primeira versão foi filmada pelo estúdio Disney em 1961, exibida no Brasil como "Meu leal companheiro").
Pois bem, no túmulo tem de tudo: bichinhos de pelúcia, livros, flores e... dinheiro! Só não peguei o dinheiro pra mim porque minha amiga me segurou. Oras, gente, dinheiro não tem serventia para cachorro defunto e seria muito útil para mim! (Mas fiquem tranquilos porque não foi desta vez que me tornei saqueadora de túmulos)
Para encerrar o dia do turista bobinho com chave de ouro, fui ao café onde J. K. Rowling escreveu o primeiro livro da série "Harry Potter". Não sei como era na época dela, mas hoje em dia aquilo lá não é convidativo nem para escrever lista de compras. Para começar, você entra e pega uma fila enooooorme para fazer seu pedido no balcão. Quando você finalmente consegue sua xícara de café, começa a segunda encrenca que é achar uma mesa livre. O ambiente é barulhento, cheio de fumantes e tem também um povo estranho com laptops, livros e anotações. Dá para perceber que eles já terminaram o café faz tempo, mas continuam ali, em vez de liberar a mesa. Será que eles pensam que vai "baixar" a inspiração e que vão ter o mesmo sucesso de vendas de Harry Potter? Cada uma! Para falar algo bom sobre o Café, a decoração é bonita, divertida e interessante. São milhares de elefantes em todas as formas, tamanhos e cores. Tem elefante no lustre, elefante no banheiro, elefantes talhados na madeira das prateleiras de chás, e, claro, milhares de bibelôs de elefantes. Dá para passar um bom tempo descobrindo os elefantes lá dentro. Mas só.
Ah, sim, o Café se chama "The Elephant" e não é o bar que está na foto. É que faz parte das regras do turista bobinho tirar uma foto na frente do letreiro do lugar, mas essa regra é conflitante com a regra da blogueira chatinha que diz que fotos pessoais não são permitidas neste site. Então fiquemos com a foto de Greyfriars Bobby's Bar, que está de bom tamanho!
13 março, 2006
Personagem de livro
Aqui na Escócia eu às vezes me sinto personagem de um livro. Ou melhor, de vários livros, cada hora um diferente. O próprio país já tem um clima de contos de fadas, com castelos, palácios, histórias de reis, rainhas, amores e traições.
De vários pontos da cidade é possível ver um morro (ou montanha/monte/serra/colina...) onde se pode fazer caminhadas e passeios. No meu primeiro sábado em Edimburgo eu fui passear no Holyrood Park (o lugar onde fica a serra/montanha/etc), completamente sozinha, me sentindo a própria Simone de Beauvior. Dizem que, quando ela estava confusa (se eu fosse mulher do Sartre me sentiria assim todo o tempo), ela pegava uma cesta com sanduíches e ia “passear na floresta”, sozinha, para sentir-se mais confiante e segura. Eu levei uma barra de cereais no lugar da cesta e confesso que voltei tão insegura quanto cheguei (afinal a montanha não era mágica), mas, que parecia um cenário de livro (ou de filme), isto parecia!
Outro lugar que parece cenário de alguma estória é o prédio da universidade onde fica “minha mesa”. A porta de entrada tem duas vezes a minha altura e umas sete vezes a minha largura (adorei essa descrição, me faz parecer alta e magra, vou me comparar com a porta mais vezes...). Quando alguém abre a porta, ela faz um barulho digno dos melhores filmes de terror. E dentro do prédio o terror aumenta, em todos os sentidos. Vou poupar vocês das histórias de terror do meu trabalho e dizer apenas que o prédio parece aquele labirinto que tem um minotauro dentro, cheio de portas de incêndio se fechando atrás das pessoas. Na primeira semana aqui eu gastava uns 15 minutos tentando encontrar a saída...
E quando saio da Universidade e vou para casa, encontro o principal cenário das minhas estórias (e histórias, afinal o cachorro está lá para me lembrar da minha história). A pensão onde moro é uma casa centenária que também mexe com a minha imaginação. São duas casas juntas, ou melhor, é uma única casa dividida ao meio, com um dono diferente para cada metade. Para começar, sempre me pergunto por que os vizinhos não fazem barulho. Eu morei em um lugar de “paredes grudadas” no Brasil que era uma coisa de louco! A gente ouvia o que queria e o que não queria (na maior parte das vezes o que não queria). Mas, na pensão, eu nunca ouvi algo que viesse da casa ao lado. Nenhuma conversa, nenhuma pisada com salto alto no chão, nada. Não é possível que tirem os sapatos todas as vezes em que entram em casa e que conversem cochichando o tempo todo! Para aguçar ainda mais minha imaginação, dentro do meu quarto existe uma porta trancada atrás da minha cama. Sempre pensei que a porta fosse uma antiga comunicação entre as duas metades da casa. Um dia a casa inteira deve ter pertencido a uma única pessoa, e, quando resolveram dividi-la, trancaram o “elo de ligação”. Daí eu ficava pensando se algum vizinho não estaria me olhando pela fechadura. Cheguei a tampar o buraquinho com fita adesiva (sim, eu sou maluquete mesmo).
Dia destes, cheguei a casa e encontrei um encanador cheio de ferramentas, andando de um lado para o outro. A dona da pensão avisou que ele teve que mexer em qualquer coisa no meu quarto. Fui até lá e vi a minha cama afastada e a porta atrás da cama... aberta! Do outro lado da porta, um antigo “closet”, com ganchinhos para pendurar casacos. Só isso? Não, tinha também uma TV quebrada e um colchão empoeirado. E provavelmente algum cano passando por ali.
12 março, 2006
Stirling
Por hoje, muitas fotos e pouco texto, porque estou cansada. Ontem fui a Stirling. Nesta foto, uma parte do Castelo de Stirling com a cidade ao fundo. Não se esqueçam de clicar em cima da foto se quiserem vê-la ampliada.
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Para ser sincera, fiquei decepcionada. Outros castelos menos famosos, como o "Tantalon", são muito mais bonitos que o de Stirling, famosão. Nesta foto, o "Great Hall", lugar onde aconteciam as festas reais. É, é essa mixaria aí. Tá certo que o lugar deveria ser admirado algumas centenas de anos atrás, mas, velho por velho, o Castelo de Edimburgo também tem suas centenas de anos e nem por isso deixa de ter um "Great Hall" maravilhoso...
Aqui, o guia mostrando os detalhes da arquitetura para os manés (eu incluída entre os manés).