14 março, 2006
A agenda do turista bobinho
Dia destes eu tirei a tarde para cumprir a "agenda do turista bobinho". Aqueles lugares que não têm a menor graça, mas que a gente tem que ir para falar que foi. Fazer o quê? Não aguentaria os "ooooooohs" de reprovação se eu contasse que não fui ver o túmulo do Greyfriars Bobby.
Ah, não sabe quem é? Provavelmente você vai descobrir nas próximas férias da garotada. Porque Greyfriars Bobby, escocês legítimo, ganhou um filme só para ele. Neste momento o filme está em cartaz em todo o Reino Unido. O detalhe é que Greyfriars Bobby não é um ator famoso, bonitão ou polêmico. É um cachorro.
Vamos à história bem resumida, que papo de cachorro não é comigo: o Greyfriars Bobby era um cão "Skye terrier" que velou o túmulo do antigo dono por 14 anos. As pessoas que moravam ali perto e que adoravam cachorrinhos ficaram sensibilizadas e cuidaram dele até ele morrer. Depois da morte, uma baronesa excêntrica (adjetivo meu) mandou construir uma estátua em homenagem ao cão. A história, apesar de sem-gracinha, virou livroS (mais de um) e filmeS (a primeira versão foi filmada pelo estúdio Disney em 1961, exibida no Brasil como "Meu leal companheiro").
Pois bem, no túmulo tem de tudo: bichinhos de pelúcia, livros, flores e... dinheiro! Só não peguei o dinheiro pra mim porque minha amiga me segurou. Oras, gente, dinheiro não tem serventia para cachorro defunto e seria muito útil para mim! (Mas fiquem tranquilos porque não foi desta vez que me tornei saqueadora de túmulos)
Para encerrar o dia do turista bobinho com chave de ouro, fui ao café onde J. K. Rowling escreveu o primeiro livro da série "Harry Potter". Não sei como era na época dela, mas hoje em dia aquilo lá não é convidativo nem para escrever lista de compras. Para começar, você entra e pega uma fila enooooorme para fazer seu pedido no balcão. Quando você finalmente consegue sua xícara de café, começa a segunda encrenca que é achar uma mesa livre. O ambiente é barulhento, cheio de fumantes e tem também um povo estranho com laptops, livros e anotações. Dá para perceber que eles já terminaram o café faz tempo, mas continuam ali, em vez de liberar a mesa. Será que eles pensam que vai "baixar" a inspiração e que vão ter o mesmo sucesso de vendas de Harry Potter? Cada uma! Para falar algo bom sobre o Café, a decoração é bonita, divertida e interessante. São milhares de elefantes em todas as formas, tamanhos e cores. Tem elefante no lustre, elefante no banheiro, elefantes talhados na madeira das prateleiras de chás, e, claro, milhares de bibelôs de elefantes. Dá para passar um bom tempo descobrindo os elefantes lá dentro. Mas só.
Ah, sim, o Café se chama "The Elephant" e não é o bar que está na foto. É que faz parte das regras do turista bobinho tirar uma foto na frente do letreiro do lugar, mas essa regra é conflitante com a regra da blogueira chatinha que diz que fotos pessoais não são permitidas neste site. Então fiquemos com a foto de Greyfriars Bobby's Bar, que está de bom tamanho!
|
Ah, não sabe quem é? Provavelmente você vai descobrir nas próximas férias da garotada. Porque Greyfriars Bobby, escocês legítimo, ganhou um filme só para ele. Neste momento o filme está em cartaz em todo o Reino Unido. O detalhe é que Greyfriars Bobby não é um ator famoso, bonitão ou polêmico. É um cachorro.
Vamos à história bem resumida, que papo de cachorro não é comigo: o Greyfriars Bobby era um cão "Skye terrier" que velou o túmulo do antigo dono por 14 anos. As pessoas que moravam ali perto e que adoravam cachorrinhos ficaram sensibilizadas e cuidaram dele até ele morrer. Depois da morte, uma baronesa excêntrica (adjetivo meu) mandou construir uma estátua em homenagem ao cão. A história, apesar de sem-gracinha, virou livroS (mais de um) e filmeS (a primeira versão foi filmada pelo estúdio Disney em 1961, exibida no Brasil como "Meu leal companheiro").
Pois bem, no túmulo tem de tudo: bichinhos de pelúcia, livros, flores e... dinheiro! Só não peguei o dinheiro pra mim porque minha amiga me segurou. Oras, gente, dinheiro não tem serventia para cachorro defunto e seria muito útil para mim! (Mas fiquem tranquilos porque não foi desta vez que me tornei saqueadora de túmulos)
Para encerrar o dia do turista bobinho com chave de ouro, fui ao café onde J. K. Rowling escreveu o primeiro livro da série "Harry Potter". Não sei como era na época dela, mas hoje em dia aquilo lá não é convidativo nem para escrever lista de compras. Para começar, você entra e pega uma fila enooooorme para fazer seu pedido no balcão. Quando você finalmente consegue sua xícara de café, começa a segunda encrenca que é achar uma mesa livre. O ambiente é barulhento, cheio de fumantes e tem também um povo estranho com laptops, livros e anotações. Dá para perceber que eles já terminaram o café faz tempo, mas continuam ali, em vez de liberar a mesa. Será que eles pensam que vai "baixar" a inspiração e que vão ter o mesmo sucesso de vendas de Harry Potter? Cada uma! Para falar algo bom sobre o Café, a decoração é bonita, divertida e interessante. São milhares de elefantes em todas as formas, tamanhos e cores. Tem elefante no lustre, elefante no banheiro, elefantes talhados na madeira das prateleiras de chás, e, claro, milhares de bibelôs de elefantes. Dá para passar um bom tempo descobrindo os elefantes lá dentro. Mas só.
Ah, sim, o Café se chama "The Elephant" e não é o bar que está na foto. É que faz parte das regras do turista bobinho tirar uma foto na frente do letreiro do lugar, mas essa regra é conflitante com a regra da blogueira chatinha que diz que fotos pessoais não são permitidas neste site. Então fiquemos com a foto de Greyfriars Bobby's Bar, que está de bom tamanho!