28 dezembro, 2005

 

Reflexões natalinas


Fizemos o Natal dos brasileiros na noite do dia 24 e um almoço de Natal no dia 25. Éramos uma mineira, um gaúcho, uma paraibana, duas paulistas, vários cariocas e uma venezuelana, que acolhemos de última hora.
Em algum momento da conversa, começamos a falar sobre preconceito. Entre ingleses e escoceses, europeus e brasileiros, paulistas e cariocas, sudeste e nordeste do Brasil, etc, etc. “Food for thought” para mim, por algumas noites.

Minha conclusão _ momentânea (Deus me ajude a nunca ter conclusões definitivas)_ é a seguinte: quanto mais uma pessoa insiste em permanecer no mesmo lugar, mais chances ela tem de ser preconceituosa. Porque só conhece aquela vida. Quem nunca saiu da casa dos pais, nunca experimentou o diferente, nunca sofreu por um dia ou dois os problemas que outros têm durante toda a vida, não tem condições de formar seus próprios CONCEITOS. Fica apenas com o preconceito. Acredita nos estereótipos que lhe foram apresentados e insiste em encaixar as pessoas nos rótulos previamente estabelecidos. Priva-se de toda a beleza e riqueza dos relacionamentos humanos. Triste demais.

Não é o caso de nenhum dos meus amigos aqui, todos unidos porque estão vivendo situações parecidas e se compreendem. Mas é o caso de muita gente que conheço, na família, no trabalho, no meu país e em outros países.

Felizmente tem remédio. Temos novas chances o tempo todo. E como dizem aquelas folhinhas de calendário, não importa o começo se podemos mudar o final. Taí um bom pedido de ano novo.

E eu? “Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes/ eu prefiro ser essa metamorfose ambulante/ do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”

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