21 março, 2006
A bandeira da Escócia
Saint Andrew foi um dos doze discípulos de Jesus. Os romanos pensavam que ele era um homem perigoso, por espalhar idéias “erradas” entre as pessoas, então decidiram matá-lo. Sabendo que iria morrer, ele pediu para ser crucificado em uma cruz diferente, porque achou que não era bom o suficiente para ter a mesma cruz de Jesus. Foi então crucificado em uma cruz em forma de x, chamada saltire cross.
Naquela época, a Escócia era uma terra pouco conhecida pelo resto do mundo (e a julgar pelo nosso orkut ainda é até hoje). Os poucos romanos que vieram até a Escócia chamavam este lugar de Caledônia.
Depois da morte de Saint Andrew, seu corpo foi enterrado por outros cristãos em um lugar chamado Patrae, na Grécia. Por ele ter sido um dos doze apóstolos de Cristo, sua fama era muito grande e as pessoas queriam visitar seu túmulo, acreditando que ele intercederia por eles. Quase 400 anos depois de sua morte, o imperador Constantius decidiu que Patrae não era um lugar "à altura" e então ordenou que os ossos do santo fossem trazidos para a sua capital, Constantinopla, a maior cidade do mundo naquela época.
A pessoa responsável por cuidar dos restos mortais de Saint Andrew, um homem chamado Regulus, sonhou que era visitado por um anjo. No sonho, o anjo disse que os ossos de Saint Andrew não deveriam ser levados para Constantinopla, mas sim para “uma terra distante na extremidade do mundo”. Regulus deveria levá-los até lá e construir uma capela. É claro que Regulus obedeceu ao anjo e não ao Emperador! Ele viajou pela Europa até chegar à costa leste da Caledônia. Ali, em um lugar chamado Muckros, ele construiu a capela. Dizem que ele enterrou os ossos atrás do altar. Com o passar dos anos, o lugar mudou de nome, Regulus foi também considerado santo e Muckros tornou-se conhecido como Kilrymont, a montanha da capela de Regulus.
É lógico que era um orgulho para uma terra nos confins do mundo ser “o último lugar de descanso de um dos doze apóstolos”. Os escoceses criaram, digamos, uma afeição especial pelo santo, e, pouco tempo depois, o lugar começou a ser chamado de Saint Andrews. No lugar onde ficava a capela foi construída uma catedral de pedra. Ainda hoje é possível ir até a cidade e ver a Saint Rule’s Tower (Rule é o nome em inglês para Regulus), atrás das ruínas da Catedral.
Naquela época a Escócia não era um único país, era dividida em quatro reinos diferentes. Um destes reinos era “Pictland”, a terra dos pictos. No ano de 761 (são só três dígitos mesmo), os pictos estavam lutando contra os anglo-saxões que viviam no norte da Inglaterra (a Inglaterra também era dividida em vários reinos). Os dois exércitos estavam muito próximos quando o rei dos pictos, King Angus, teve um sonho e viu Saint Andrew com a saltire cross. A batalha aconteceu no dia seguinte e os pictos tiveram uma grande vitória. Desde então, os pictos adotaram Saint Andrew como seu santo protetor e a saltire cross como seu símbolo. Mesmo quando acabou o reinado dos pictos e a Escócia tornou-se um único país, a fama de Saint Andrew era tão grande que ele tornou-se o santo padroeiro de toda a Escócia.
A atual bandeira remete à história do sonho do Rei Angus, que viu Saint Andrew segurando uma cruz prateada contra o céu azul.
(Imagem do Wikipédia)
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Naquela época, a Escócia era uma terra pouco conhecida pelo resto do mundo (e a julgar pelo nosso orkut ainda é até hoje). Os poucos romanos que vieram até a Escócia chamavam este lugar de Caledônia.
Depois da morte de Saint Andrew, seu corpo foi enterrado por outros cristãos em um lugar chamado Patrae, na Grécia. Por ele ter sido um dos doze apóstolos de Cristo, sua fama era muito grande e as pessoas queriam visitar seu túmulo, acreditando que ele intercederia por eles. Quase 400 anos depois de sua morte, o imperador Constantius decidiu que Patrae não era um lugar "à altura" e então ordenou que os ossos do santo fossem trazidos para a sua capital, Constantinopla, a maior cidade do mundo naquela época.
A pessoa responsável por cuidar dos restos mortais de Saint Andrew, um homem chamado Regulus, sonhou que era visitado por um anjo. No sonho, o anjo disse que os ossos de Saint Andrew não deveriam ser levados para Constantinopla, mas sim para “uma terra distante na extremidade do mundo”. Regulus deveria levá-los até lá e construir uma capela. É claro que Regulus obedeceu ao anjo e não ao Emperador! Ele viajou pela Europa até chegar à costa leste da Caledônia. Ali, em um lugar chamado Muckros, ele construiu a capela. Dizem que ele enterrou os ossos atrás do altar. Com o passar dos anos, o lugar mudou de nome, Regulus foi também considerado santo e Muckros tornou-se conhecido como Kilrymont, a montanha da capela de Regulus.
É lógico que era um orgulho para uma terra nos confins do mundo ser “o último lugar de descanso de um dos doze apóstolos”. Os escoceses criaram, digamos, uma afeição especial pelo santo, e, pouco tempo depois, o lugar começou a ser chamado de Saint Andrews. No lugar onde ficava a capela foi construída uma catedral de pedra. Ainda hoje é possível ir até a cidade e ver a Saint Rule’s Tower (Rule é o nome em inglês para Regulus), atrás das ruínas da Catedral.
Naquela época a Escócia não era um único país, era dividida em quatro reinos diferentes. Um destes reinos era “Pictland”, a terra dos pictos. No ano de 761 (são só três dígitos mesmo), os pictos estavam lutando contra os anglo-saxões que viviam no norte da Inglaterra (a Inglaterra também era dividida em vários reinos). Os dois exércitos estavam muito próximos quando o rei dos pictos, King Angus, teve um sonho e viu Saint Andrew com a saltire cross. A batalha aconteceu no dia seguinte e os pictos tiveram uma grande vitória. Desde então, os pictos adotaram Saint Andrew como seu santo protetor e a saltire cross como seu símbolo. Mesmo quando acabou o reinado dos pictos e a Escócia tornou-se um único país, a fama de Saint Andrew era tão grande que ele tornou-se o santo padroeiro de toda a Escócia.
A atual bandeira remete à história do sonho do Rei Angus, que viu Saint Andrew segurando uma cruz prateada contra o céu azul.
(Imagem do Wikipédia)