10 março, 2006
Conversas entre Cruzeirense e Atleticano (não, não é um texto sobre futebol, se você estava esperando por isso veio ao lugar errado, sinto informar)
C e T: _ Aaaaaaai!
C: _ Pesadelo!
T: _ Ufa, acabou!
C: _ “Tenho que dar um jeito...
T: _ Ô, Cru...
C: _ Pshh, não interrompa que estou no meio de uma sinapse!
T: _ Ah, desculpe!
C: _ “Tenho que dar um jeito de acabar com estes pesadelos no meio da noite e também tenho que deixar um caderninho na cabeceira da cama para anotar as histórias dos pesadelos”
T: _ Cru, mas isso não é contraditório não? Se acabar com os pesadelos não tem o que anotar!
C: _ Nada! Toda noite de pesadelo ela vem com essa história de caderninho, mas depois sempre esquece! É só um pensamento padrão que eu tenho que produzir. Faz parte do trabalho, sabe como é...
T: _ Ô, se sei!
C: _ Hum... mas o que será que significa sonhar com cobra?
T: _ Sei lá! Compre um livreto de interpretação de sonhos nas bancas amanhã de manhã!
C: _ Quer saber? Vamos esquecer essa história. Agora que passou o susto, vamos tentar voltar a dormir?
T: _ Vamos.
C: _ zzzzzzzzzz
T: _ ...
C: _ zzzzzzzzzz
T (abrindo um olho): _ Ô Cru, não tá funcionando!
C: _ Tente mais um pouco.
T: _ Estava aqui pensando, será que esse negócio de sonhar com cobra não é uma associação fálica?
C: _ Não, não é não.
T: _ Por que não? Você não lembra do “Freud além da Alma” que ela leu no colegial?
C: _ Putz, desse livro eu mal lembro o título! Mas se houvesse alguma associação fálica isso não seria um pesadelo e sim um sonho! Dããã!
T: _ Bingo, tem razão! Matou a pau! (Não resisti à piadinha infame, hehehe)
C: _ Então vamos dormir!
T: _ É que eu estou sem sono!
C: _ Ticano, se a gente não der um jeito de dormir logo, ela vai acender aquele bendito abajur e começar a ler o livro sobre “Robert, the Bruce”!
T: _ Ai, ai, ai, “Robert, the Bruce” a essa hora da madrugada nenhum neurônio merece!
C: _ Então...
T: _ Tô indo, tô indo!
C: _ zzzzzzzzz
T: _ cruuuu....
C: _ Cala a boca e dorme, Ticano!
T: _ Se continuar falando assim comigo eu vou fazer a adrenalina subir e aí ninguém dorme!
C: _ Tá, desculpe. Olha... tudo bem, quer conversar mais um pouquinho?
T: _ Quero saber se você reparou que na hora do “pica ou não pica” (hoje eu tô demais, hahaha)...
C: _ Ô, meu Cristo!
T: _ Não, é sério: você reparou que, quando ela estava quase sendo picada pela cobra, veio aquela mensagem “nada a ver” do subconsciente dizendo que ela tinha esquecido a chave do quarto do lado de fora da porta?
C: _ Isso é uma proteção do subconsciente, pra ver se ela acordava. Normal, Ticano. Já reparou que todo pesadelo é assim? Se é uma queda de um penhasco a pessoa acorda antes de se esborrachar no chão, se cai na água e não sabe nadar acorda antes de morrer afogada...
T: _ E a gente passa aquela agonia toda pra quê? Essa menina anda muito estressada, assim não há neurônio que agüente! E depois dessa noite miserável ela ainda vai querer que a gente decifre aquele artigo de modelagem matemática amanhã de manhã, escuta o que eu estou te falando! Ah, cara, vida de neurônio não é fácil não!
C: _ Hum, tá revoltadinho, em, nego?
T: _ Você é que é um acomodado com o sistema nervoso central! Fica aí nessa vidinha medíocre! Mas o que você tem hoje é graças a outros neurônios que lutaram por melhores condições de trabalho!
C: _ Ticano, olha o “Robert, the Bruce”!
T: _ Ih, é mesmo! Vou providenciar a onomatopéia para ver se o sono chega: zzzzzzzzzz
C: _Isso! zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
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C: _ Pesadelo!
T: _ Ufa, acabou!
C: _ “Tenho que dar um jeito...
T: _ Ô, Cru...
C: _ Pshh, não interrompa que estou no meio de uma sinapse!
T: _ Ah, desculpe!
C: _ “Tenho que dar um jeito de acabar com estes pesadelos no meio da noite e também tenho que deixar um caderninho na cabeceira da cama para anotar as histórias dos pesadelos”
T: _ Cru, mas isso não é contraditório não? Se acabar com os pesadelos não tem o que anotar!
C: _ Nada! Toda noite de pesadelo ela vem com essa história de caderninho, mas depois sempre esquece! É só um pensamento padrão que eu tenho que produzir. Faz parte do trabalho, sabe como é...
T: _ Ô, se sei!
C: _ Hum... mas o que será que significa sonhar com cobra?
T: _ Sei lá! Compre um livreto de interpretação de sonhos nas bancas amanhã de manhã!
C: _ Quer saber? Vamos esquecer essa história. Agora que passou o susto, vamos tentar voltar a dormir?
T: _ Vamos.
C: _ zzzzzzzzzz
T: _ ...
C: _ zzzzzzzzzz
T (abrindo um olho): _ Ô Cru, não tá funcionando!
C: _ Tente mais um pouco.
T: _ Estava aqui pensando, será que esse negócio de sonhar com cobra não é uma associação fálica?
C: _ Não, não é não.
T: _ Por que não? Você não lembra do “Freud além da Alma” que ela leu no colegial?
C: _ Putz, desse livro eu mal lembro o título! Mas se houvesse alguma associação fálica isso não seria um pesadelo e sim um sonho! Dããã!
T: _ Bingo, tem razão! Matou a pau! (Não resisti à piadinha infame, hehehe)
C: _ Então vamos dormir!
T: _ É que eu estou sem sono!
C: _ Ticano, se a gente não der um jeito de dormir logo, ela vai acender aquele bendito abajur e começar a ler o livro sobre “Robert, the Bruce”!
T: _ Ai, ai, ai, “Robert, the Bruce” a essa hora da madrugada nenhum neurônio merece!
C: _ Então...
T: _ Tô indo, tô indo!
C: _ zzzzzzzzz
T: _ cruuuu....
C: _ Cala a boca e dorme, Ticano!
T: _ Se continuar falando assim comigo eu vou fazer a adrenalina subir e aí ninguém dorme!
C: _ Tá, desculpe. Olha... tudo bem, quer conversar mais um pouquinho?
T: _ Quero saber se você reparou que na hora do “pica ou não pica” (hoje eu tô demais, hahaha)...
C: _ Ô, meu Cristo!
T: _ Não, é sério: você reparou que, quando ela estava quase sendo picada pela cobra, veio aquela mensagem “nada a ver” do subconsciente dizendo que ela tinha esquecido a chave do quarto do lado de fora da porta?
C: _ Isso é uma proteção do subconsciente, pra ver se ela acordava. Normal, Ticano. Já reparou que todo pesadelo é assim? Se é uma queda de um penhasco a pessoa acorda antes de se esborrachar no chão, se cai na água e não sabe nadar acorda antes de morrer afogada...
T: _ E a gente passa aquela agonia toda pra quê? Essa menina anda muito estressada, assim não há neurônio que agüente! E depois dessa noite miserável ela ainda vai querer que a gente decifre aquele artigo de modelagem matemática amanhã de manhã, escuta o que eu estou te falando! Ah, cara, vida de neurônio não é fácil não!
C: _ Hum, tá revoltadinho, em, nego?
T: _ Você é que é um acomodado com o sistema nervoso central! Fica aí nessa vidinha medíocre! Mas o que você tem hoje é graças a outros neurônios que lutaram por melhores condições de trabalho!
C: _ Ticano, olha o “Robert, the Bruce”!
T: _ Ih, é mesmo! Vou providenciar a onomatopéia para ver se o sono chega: zzzzzzzzzz
C: _Isso! zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz