29 abril, 2006

 

Branca, branca, branquinha


Comparo a minha foto no meu primeiro mês aqui e a foto de ontem, quando (incrível) pude usar só uma blusa de mangas curtas. Como estou ficando branca! Pouco antes de viajar pra cá, voltei de uma coleta do trabalho com pernas e braços bronzeados e o resto branco, a coisa mais horrorosa do mundo. Agora já igualou, está tudo branco! Bom, na verdade, um “branco amarelo”. Porque branco tem cor, sabiam? Minha irmã, por exemplo, quando fica “branca”, fica cor-de-rosa. E as escocesas corajosas, que usam mini-saia nesse frio, têm pernas tão brancas que chegam a ser um pouco azuis. Me lembram de quando minha mãe deixava camisas brancas de molho em uma água com um pouquinho de tinta azul, para ficarem com aparência de “brancas”. O azul dava a impressão de branco!

Eu e minha irmã comparávamos a cor das mãos. E, como criança não vale nada, ainda mais quando existe algum grau de parentesco, minha irmã falava que minha mão era amarela porque eu peidava muito. E eu falava que ela era cor-de-rosa porque não comia alimentos amarelos. É verdade, até hoje ela não come cenoura, nem manga, nem mamão. Nada que seja amarelo/laranja. Não sei se por superstição ou por medo de peidar depois!

Essa confusão de cores é sempre engraçada. Uma vez fui ao médico dizendo que queria que ele olhasse umas veias verdes na minha perna. Ele deu uma risadinha e disse que não existem veias verdes, que são vermelhas ou roxas. Aí foi examinar: “não é que são verdes mesmo?”. Conheço minhas veias, oras! Vai ver que acontece o seguinte: as veias são roxas/azuladas, mas minha pele é amarela. Aí, quando misturamos o roxo/azulado com o amarelo, fica verde!

Ah, o olho humano! Mas... onde eu queria chegar mesmo? Ah, sim: que está na hora de voltar para o Brasil e pegar uma corzinha!






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