05 maio, 2006

 

Eu no Beltane

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O festival Beltane, como eu disse no outro texto, celebra o fim do inverno e a proximidade do verão. Como eu estava muito interessada em aprender mais sobre o assunto, comprei meu ingresso para o Festival, que aconteceu no último domingo em um morro/montanha/serra/colina de Edimburgo.





Fui com amigos brasileiros, que convidaram outros amigos (todas as nacionalidades imagináveis), e, no final, éramos um grupo de mais de 20 pessoas. Até chegar ao topo da montanha já tínhamos perdido uma meia dúzia pelo caminho. Depois de chegar, perdemos outros tantos que foram ao banheiro, foram comprar cachorro-quente, foram tirar fotos e não conseguiram mais nos encontrar lá dentro. Estava muito, muito cheio. Como ainda assim o grupo era grande, a opção era ficarmos parados em algum lugar, esperando os personagens celtas passarem por nós. Para quem está na fase da paquera, vá lá. Ficam ali, sentados na grama, olhando o povão, esperando o festival começar. Mas eu há muito não estou nessa fase, queria mesmo ver a “May Queen”, os diabinhos, o povo azul e o homem verde. Então decidi ser mais uma a me perder do grupo e tentar ver o que era o batuque começando lá do outro lado. Todo mundo na maior agitação, pulando, dançando. Alegria parecida com a do nosso carnaval.




Mas, para os futuros turistas que planejam assistir ao festival, sinto dizer que se vocês tiverem menos de 1,90 m vai ser muito difícil ver alguma coisa. Eu fiquei me enfiando aqui e ali, no meio da multidão, tentando achar brechas entre as cabeças. Consegui ver brevemente a “May Queen”, minha única foto aproveitável do dia. Em outro canto, me espremi e levei algumas pisadas e cotoveladas para conseguir assistir aos diabinhos tocando tambores e fazendo torres humanas. Os diabinhos eram representados por pessoas sem roupas (apesar do frio) e com o corpo todo pintado de vermelho. As mulheres tinham os peitos e bundas à mostra e os homens tampavam apenas a região mais... (que adjetivo usar aqui? Xapralá!). Dava para perceber pela expressão facial das mulheres (acho que fui a única a olhar o rosto das meninas) que elas estavam adorando aquela oportunidade de ficar sem roupa. Como no nosso carnaval.

No final, todos os personagens dançam juntos, simbolizando o encontro entre as estações. Em algum momento o homem verde morre e é “ressuscitado” pela “May Queen”, mas não consegui entender detalhes.

Se valeu a pena? Valeu porque foi minha primeira e última oportunidade de assistir ao Festival, que só acontece uma vez por ano. Mas, sinceramente, se eu soubesse como era preferiria ter ficado em casa e lido um livro sobre o assunto. Coisas de gente velha.

As fotos são do site do Beltane.






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